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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

No meio do mundo perdulário

Sincronizando um mundo perdulário
Sob a Guia ele o escuta,
Melodiosas letras que soam
No exaustivo compasso
Em que a sua voz se faz ler.
Ensaia as ofensivas cordas
Motivadas pela perpétua aspiração
Durante um sopro vital
E uma voluptuosa loucura.
Entoa a sua vida,
Percorrendo o valioso caminho
Em que deleitamente canta o prazer
E sente a pauta cativante
Aquela que o faz sincronizar o mundo.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Poesis

Poesia é…
Uma canção sem instrumental…
Uma discussão entre Camões, Florbela Espanca e Manuel Alegre…
Um sonho de rimas acordadas…
Um jardim onde os sentimentos brotam…
Uma pista onde a criatividade desliza…
A profunda alma da aldeã mais bela de um reino…
Uma melodia que encanta as mais perigosas serpentes…
Uma fresca sobremesa após uma ceia de gramática pragmática…
Um mundo de versos livres…

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Florbela Espanca

Florbela Espanca, escritora simbolista portuguesa, nasceu a 8 de Dezembro de 1894, em Vila Viçosa.
Com sete anos de idade e a frequentar o ensino primário, Florbela escreve a sua primeira poesia “A Vida e a Morte” e o seu primeiro soneto. Em 1906, no sexto ano de escolaridade, escreve o seu primeiro conto “Mamã!” e começam a notar-se os primeiros sinais de neurastenia. Prosseguiu os seus estudos em Évora, onde viveu depois da sua mãe ter morrido.
Já em 1914, juntamente com o seu marido, Florbela abre um colégio onde lecciona e recita, pela primeira vez, os seus versos em publico. Termina “Trocando olhares”, vê um dos seus sonetos ser publicado numa revista e colabora no jornal “Noticias de Évora”.
Inscreve-se em 1917 na Faculdade de Direito de Lisboa, mas devido a um aborto involuntário foi para o Algarve onde os primeiros sintomas graves da sua doença aparecem.
De volta a Lisboa, escreve “Livro de Mágoas” (editado em 1919) e “Claustro das Quimeras” enquanto rodopia entre relações amorosas, e em 1923 vê publicado “Livro de Soror Saudade”. Dois anos depois, em que começa a escrever “O Dominó Preto” e a fazer traduções, morre o seu irmão, o que a deixa muito infeliz, servindo de inspiração para “As máscaras do Destino”. Neste período, Florbela tenta suicidar-se, também pelo seu casamento desgastado.
De novo em Évora, em 1930, Florbela escreve o seu “Diário do último ano”, colabora em revistas e conhece Guido Battelli que se ofereceu para publicar “Charneca em Flor” e que será um seguidor fiel de Florbela Espanca após a sua morte.
Muda-se para Matosinhos onde a neurose se agrava e descobre que tem um edema pulmonar. A 8 de Dezembro decide pôr termo à vida.
Nos poemas de Florbela Espanca é notável a forma como ela expõe tão profundamente a intimidade feminina. Florbela junta os sentimentos optimistas com os pessimistas de uma forma quase impossível de ser vivida na realidade.