Esta tarde,
Guardo o meu rebanho entre paredes.
Olho a chuva que cai lá fora
E rega as árvores do meu campo.
Elas dão-me o fruto do dia-a-dia
E depois morrem,
Tal como deve ser.
Porém, esta tarde,
Guardo o meu rebanho entre paredes.
Olho a chuva que cai lá fora,
Que me impede de sair,
De colher o meu fruto,
De guardar o meu rebanho.
Mas não vou pensar nisso.
Pensar entristece.
Vou antes sentir aquela Natureza
Entre paredes.