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quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Carta ao PR

Exmo. Sr. Presidente, escrevo-lhe para expor um grave problema da região onde habito, sabido de toda a população, mas que parece ignorado visto que ainda não foram tomadas medidas radicais para o melhorar.
Desde há uns anos para cá, o ambiente do distrito de Leiria tem sido fortemente ameaçado.
O rio Lis – que nasce nas Cortes e desagua na Praia de Vieira de Leiria – é constantemente poluído devido a diversos aspectos que poderiam ser evitados: as explorações pecuárias (nomeadamente, as suiniculturas) e domésticas; unidades industriais; o abuso de produtos químicos; a falta de saneamento básico em algumas freguesias; a falta de esclarecimento populacional relativamente ao tratamento de resíduos…
Toda esta poluição traz consequências negativas à região leiriense: a impropriedade das águas (tanto do rio como do mar) para serem desfrutadas pelos turistas e habitantes e usadas pelos pescadores como meio de trabalho (pois a actividade piscatória é muito importante nesta zona do país); a sujidade do areal e as doenças provocadas o pela contaminação bacteriana, entre muitas outras…
Apesar de investidos muitos esforços económicos e humanos – a criação de várias empresas de despoluição: RECILIS, ECOLIS, VALORLIS (esta última, considerada a mais diligente) – e inclusive a vinda da televisão à foz do Lis e à Ribeira dos Milagres pela resolução do problema da poluição do rio Lis, existem nesta área situações de não cumprimento da legislação actual, principalmente por parte de algumas indústrias suinicultoras que teimam em fazer descargas para os afluentes do rio (nomeadamente, a Ribeira dos Milagres, a mais fatigada por estas descargas) piorando assim o ambiente.
Algumas das minhas sugestões para diminuir ou mesmo acabar com esta poluição passam por aumentar a fiscalização nas descargas, sensibilizar a população, diminuir o preço dos dejectos entregues nas estações de tratamento, etc.

Agradeço a sua atenção e aguardo ansiosamente um esclarecimento ou reflexão.

sábado, 13 de outubro de 2007

O Verbo Ler

" O verbo ler não suporta o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o verbo amar...o verbo sonhar..." Daniel Pennac
Quando alguém decide ler algo, deve fazê-lo por desejo próprio, deve fazê-lo porque o texto, livro ou informação lhe despertou a atenção.
Assim acontece no amor e no sonhar…as pessoas não podem ser obrigadas a amar ou sonhar, pois são coisas que acontecem naturalmente assim como a leitura.
Dizem que ler faz bem e que se deve incentivar as crianças a ler para os seu gosto pela leitura não ser tardio demais…mas se elas não começarem a ler, mais tarde sentir-se-ão obrigadas a fazê-lo. Amar e sonhar também não se aprende e tal como a leitura, a forma de o fazer adequa-se ao perfil da própria pessoa…
O verbo ler, o verbo amar e o verbo sonhar nunca irão suportar o imperativo pois todos têm capacidade de o fazer.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

"A Ilha de Circe"

Durante uma aula da disciplina de Língua Portuguesa fomos á biblioteca escolar onde teríamos de requisitar um livro para ler e em seguida comentar.
O livro que escolhi intitula-se “A Ilha de Circe” e foi escrito pela açoriana Natália Correia (1923-1993) .
Este livro é composto por três contos:
“Mãe, mãe, porque me abandonaste?” – este conto é pequeno e penso que a história está bem construída pois as personagens estão interligadas entre dois tempos bem diferentes (o que mostra como era a vida e a mentalidade das pessoas antigamente e como é agora). Esta história a principio não me despertou muita atenção, pois não estava a percebê-la, mas quando acabei de ler consegui entendê-la e gostei.
“As Nações Unidas” – tal como “Mãe, mãe, porque me abandonaste?” este conto é pequeno. Dos três contos deste livro, este foi o que menos me cativou, pois a parte central do conto é um pouco repugnante. Mesmo assim admiro a escritora por ter redigido uma história como esta nos anos 80.
“A Ilha de Circe” – esta é a história que dá nome ao livro. Um conto ligeiramente maior que os outros dois, e que me causou maior desejo para ler…Penso que este conto é agradável, pois mostra-nos duas histórias muito interessantes ligadas entre si: a história de um amor impossível com um final trágico e a história da deusa Circe na ilha da Madeira que acaba por explicar o porquê do amor impossível. Esta história é muito rica em descrições, descrições esplêndidas. O enredo que se cria á volta da personagem principal é muito interessante e cativante. Com esta história aprendi factos históricos e mitológicos que desconhecia.
O tipo de linguagem usado neste livro é fácil de entender, apesar de algumas palavras serem pouco comuns nos dias de hoje, tanto que precisei de recorrer a um dicionário diversas vezes.
Nunca tinha lido nada desta escritora e fiquei com curiosidade em ler outro livro.